Murilo António de Carvalho vence I Prémio Leya
‘O Rastro do jaguar’ foi o romance que permitiu a Murilo António de Carvalho receber a primeira edição do prémio Leya. Uma “Obra de fôlego, que refigura uma vasta erudição, ‘O Rastro do jaguar’ combina narrativa histórica e arte poética, elaboração wagneriana e aura profética, de forma a prender o interesse da leitura por uma saga onde se conjugam a busca individual de raízes e o destino ameríndio, e que atravessa a França, Portugal, Brasil, Paraguai e Argentina, até ao final aberto sobre a demanda milenarista da Terra Sem Males”, caracterizou o júri.
Murilo António de Carvalho é natural de Carvalhópolis, Minas Gerais, Brasil. Tem 60 anos e é jornalista e realizador. Recentemente tem-se dedicado à realização de documentários televisivos na área ambiental. Aliás, no momento em que foi informado do Prémio Leya encontrava-se na Amazónia a gravar um documentário.
“O Rasto do Jaguar”, com que agora venceu o Prémio Leya, foi o seu primeiro romance do autor.
O júri que analisou as oito obras finalistas foi composto por Manuel Alegre (presidente do júri), Nuno Júdice, José Carlos Seabra Pereira, Lourenço Joaquim da Costa Rosário, Rita Chaves, Pepetela (Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos) e Carlos Heitor Cony.
Prémio Leya
A Leya nasceu em Janeiro de 2008 como empresa holding na qual se integram hoje as editoras Academia do Livro, Asa, Caderno, Caminho, Casa das Letras, Dom Quixote, Estrela Polar, Gailivro, Livros d’Hoje, Lua de Papel, Ndjira (Moçambique), Nova Gaia, Nzila (Angola), Oceanos, Oficina do Livro, Quinta Essência, Sebenta, Teorema e Texto.
A procura de novos talentos da língua portuguesa e a sua promoção internacional são prioridades da Leya. É convicção do grupo que o grande crescimento e enriquecimento das literaturas de língua portuguesa nos últimos anos justificam inteiramente, e até exigem, a criação de um prémio desta natureza; a notável adesão de concorrentes de todo o mundo lusófono é sinal do interesse que o Prémio gerou junto do público leitor e de toda a comunidade dos escritores de língua portuguesa.
Reveste-se também de grande importância a ampla promoção do prémio. A Leya divulgará o prémio e os seus vencedores em Portugal em toda a vasta área geográfica da língua portuguesa, porque essa é verdadeiramente a sua vocação e o seu campo de acção como grupo editorial. Com esta e outras iniciativas, a Leya contribuirá para a criação de uma verdadeira comunidade, tão diversa nas suas manifestações literárias e culturais, mas tão próxima pela utilização de uma língua comum.