Depois do Boccia, chegou a vez de Portugal conseguir a segunda medalha nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. O atleta gaiense Lenine Cunha garantiu o bronze na prova do salto em comprimento F20 (deficiência intelectual) com um salto de 6,95 metros (atrás do espanhol Jose Exposito com 7,25 metros e do croata Zoran Talic com 7,09 metros).
“Esta era a medalha que faltava e foi conseguida num ambiente fantástico”, salientou o medalhado gaiense, que aproveitou para dedicar ao treinador, José Costa Pereira, e à família o feito. De recordar que o atleta esteve ausente dos Paralímpicos durante 12 anos devido ao facto de a deficiência intelectual ter sido retirada do programa.
Natural da Afurada, o atleta Lenine Cunha aos 29 anos já conseguiu conquistar 135 medalhas nas várias disciplinas do atletismo – salto em comprimento, triplo salto, heptatlo, pentatlo, estafetas 4×100 metros e 4×400 metro. Esta marca faz de Lenine o atleta português mais consagrado no desporto adaptado.
Lenine estreou-se em competições paralímpicas nos Jogos de Sydney 2000 e é também recordista mundial do heptatlo, do pentatlo e do triplo salto da Associação Internacional de Desporto para Pessoas com Deficiência Intelectual (INAS-FID).
A primeira medalha para Portugal nestes Paralímpicos foi conquistada pela equipa de Boccia 3 (BC3), formada por Luís Silva, José Macedo e Armando Costa (suplente). Os lusos conseguiram a medalha de prata numa prova onde a Grécia venceu por 4-1.